domingo, 3 de janeiro de 2010

FALANDO SOBRE O PERdão

Pergunta-se na realidade, o que vem a ser “Perdão”? Deve-se pedir perdão quando cometemos algum erro grave? E se o erro for pequeno? Como saber se um erro é grave ou não?
Ao perdoarmos, sempre mostramos uma certa grandeza d´alma, por relevarmos algum erro alheio, contudo ao sermos perdoados, é porque nós é que cometemos esse erro, e sempre é dificil para alguem reconhecer que efetivamente errou.
Convenhamos que definir o que é e quem errou, sempre será uma questão muito subjetiva, e que depende de uma análise muito pessoal. Algo que nos fazem e que poderemos considerar como muito sério, deixará de sê-lo se o erro for nosso. Mera questão de julgamento, e de direcionamento de pontos de vista.
Portanto, sempre será difícil para quem errou, ter a humildade de reconhecer a mancada cometida, pois sempre haverá algo para ao menos uma auto justificação. Se não for possível uma justificativa para os outros, pelo menos para si mesmo, e isso já serve como consolo...
E quando a coisa é conosco? Quando precisamos perdoar alguém que humildemente reconhece haver feito algo contra nós, e nos pede o tal do perdão... Muitas vezes, é-nos difícil conceder esse perdão. Principalmente se a falta foi grave, e deixou algum prejuízo grande, ou se causou alguma mágoa muito forte. Realmente é preciso ter uma certa grandeza interior, para que o perdão seja concedido, sem qualquer dúvida.
É preciso levar em conta que, ao perdoarmos alguém, não podemos deixar sequer resquícios de mágoa em nosso interior. Ou se perdoa, ou não. Não se pode semiperdoar. Principalmente se existe sinceridade nesse pedido.
Se conseguirmos esquecer o que houve, ótimo. Melhor para nós. E é isso o que precisa ser feito. Passar por cima do que aconteceu. Não vale a pena ficar remoendo o que já houve, pois muitas vezes as lembranças incomodam mais do que o ato em si.
Podemos entender que o perdão é a paz que se aprende a sentir, quando se assume algo em termos muito pessoais, por exemplo quando você continuou a culpar a pessoa que o fez sofrer, e mesmo assim releva o que lhe foi feito...
Com o perdão, assume-se a responsabilidade pelo que, assim, o perdão é mais uma auto cura, do que para a pessoa causou a dor.
Enfim, há que se compreender que o ressentimento pode ser mais grave que a hostilidade como fator de risco para nossa saúde. Isso quer dizer que não devemos ficar presos a ressentimentos do passado e o perdão é um meio de reconhecer que não podemos muda-lo. O perdão nos proporciona uma paz presente. Não cura o mal feito, mas ameniza seu efeito, assim, é algo que nos ensina sobretudo o exercício da civilidade.
Sem dúvida alguma, é algo que precisa ser muito bem considerado. Não é mesmo fácil o ato de pedir perdão, pois implica num reconhecimento tácito de culpa. E sempre temos dificuldade para reconhecer que erramos. Muitas vezes pedimos perdão apenas para uma satisfação a outrem, ainda que intimamente não nos tenhamos perdoado, ou melhor, não tenhamos reconhecido que realmente erramos.
Primeiro, precisamos nos perdoar, para então, com sinceridade pedir que o perdão nos seja concedido.
Também não é fácil conceder o perdão, pois implica num reconhecimento de que o fato foi esquecido, e para ninguém é fácil esquecer totalmente algo que nos fez sofrer, seja um prejuízo financeiro, seja um abalo moral. Muitas vezes perdoamos, apenas para assumir uma postura magnânima. Mas em nosso íntimo continuamos magoados. E isso não é bom, pois a qualquer momento poderemos relembrar o fato.
Primeiro temos que convencer nosso interior que nossa mágoa foi superada, para então conceder um perdão sem remissão. Uma vez concedido, não se dever mais falar no assunto.
Se foi esquecido, olvidado ficará.
Perdoar, saber ser perdoado, são atos que sempre nos levam a UM LINDO DIA.

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